domingo, 31 de julho de 2016

Acessível, seguro, confortável e... F***ing WILD!!!

Depois de uma troca de ideias inspiradora com Rodolfo Sarudiansky, um cara cujas histórias vamos colocar aqui mais pra frente, resolvi escrever um pouco sobre o que é direito básico e pelo que ainda temos de lutar no acesso das pessoas com deficiência a shows.
O básico: um local acessível, no setor de sua escolha, em que você esteja seguro e confortável. Ok? É... Não muito. Ainda temos de brigar bastante por aí, pra ter um tratamento decente, em que se garantam os mesmos direitos de uma pessoa que não tem deficiência, que são:
- a escolha do local para ver o show (se você quer assistir da pista e comprou seu ingresso pra pista, tem que assistir da pista, certo?)
- a informação prévia das condições a serem oferecidas (ninguém tá a fim de descobrir "na hora" que o banheiro fica a quilômetros do lugar em que você vai ver o show, ou que tem uma estrutura de som bem na sua frente e você não vai ver nada)
- a informação de seus direitos claros e detalhados, bem como dos seus deveres para acessá-los (por exemplo, deve constar em toda venda de ingressos que o documento comprobatório pra toda pessoa com deficiência é o LAUDO MÉDICO, dizendo inclusive da necessidade de acompanhante. Vale lembrar que a pessoa com deficiência e seu acompanhante têm, ambos, direito à meia entrada, dentro dos 40% da lei da meia entrada).
Garantir somente um lugar acessível em que a pessoa com deficiência esteja segura e confortável é o básico obrigatório, mas parar aí é limitar-se a uma visão de que ela precisa de cuidados e não, de diversão. Pois, lhes digo: estamos vivos, alegres e temos o mesmo direito à usufruir do show de uma posição razoável como qualquer outra pessoa que tenha comprado ingressos pro evento. Então, não vale botar a gente num cercadinho no fim da pista, só pra dizer que tá cumprindo a lei, certo? Porque a gente quer a lei cumprida sim, mas, a gente quer muito mais: quer um lugar digno, um tratamento digno como todo cidadão tem direito e, como consumidores, merecemos.

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