segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Guns n´ Roses, 12 de novembro de 2016, Allianz Parque-SP

Continuando as noites memoráveis de Guns n´ Roses em São Paulo, na segunda noite fui de cadeira inferior PNE... Uma segunda aventura.

Nessa noite, fui com o mesmo colega, mas, com o carro dele. Paramos em uma transversal da Av. Antárctica e caminhamos uns 3 ou 4 quarteirões até nosso portão de entrada. Chegamos quando já soavam os tiros, e os primeiros acordes de It´s so easy... Mas dessa vez, a equipe de suporte e os bombeiros já estavam escaldados de informar e encaminhar os fãs com deficiência, então, foi chegar, correr pro nosso lugar e curtir o show. Uma correria, mas, bastante fácil e precisa.
Ficamos na segunda fila da cadeira inferior PNE, na mesma direção da Pista Premium, só que na lateral do estádio, claro. ATENÇÃO: a visão dali é mais próxima do que na Pista Premium PNE, então, na minha opinião, é o melhor setor oferecido para as pessoas com deficiência. E era possível utilizar o bar da Pista Premium. Só não localizei os banheiros para nosso uso...
Tudo muito fácil, rápido e eficiente. Uma colega grávida também relatou que havia comprado Pista Premium, mas, como ficou receosa de permanecer no setor de seu ingresso, solicitou auxílio aos bombeiros e eles a colocaram nas cadeiras inferiores, bem pertinho de onde eu fiquei. Então, parece que nesse setor as coisas rolaram com mais conforto e eficiência.
Com uma visão muito boa do palco, o bar ali em frente, fácil acesso, foi simples ser feliz!
Curtimos muito o show e na hora de ir embora, foi só pegar o carro e sair. Claro, há todo aquele mar de gente e congestionamentos infinitos, mas, conseguimos sair dali bem mais fácil do que na noite anterior.
Então, dicas (a partir da minha experiência, ok?): 1) é mais fácil, se você puder, ir de carro e parar em uma rua próxima. 2) cadeira inferior me pareceu o melhor setor para pessoas com deficiência. Como o estádio é pequeno, a visão é bastante boa e o lugar confortável (coberto, em cadeiras, com o bar acessível). Algumas fotos pra termos noção do espaço:

Uma questão: eu acessei o local porque subo escadas... Mas, e os cadeirantes? (Não vi vocês, onde estavam?)


E oooooolha o bar!!! Aí, pertinho, e com acesso permitido pra gente!


Mais escadas...


Não sei se você consegue ver, mas, láááá no fundo tem um cercadinho com banheiro químico. É a Pista Premium.


Aqui, o cercadinho com banheiro químico é a Pista Comum, onde fiquei no dia anterior.


Fecho esse post com um vídeo de um trecho de Civil War, desse dia: https://www.youtube.com/watch?v=9Clyw_Qjorw&feature=share

Você esteve em algum show que eu fui em 2016? Quer contar sua experiência? É só mandar inbox no meu facebook que eu coloco aqui! Eu no Facebook: https://www.facebook.com/nicole.somera

Bom, acho que pra 2016, é isso. Ano que vem já estou me programando para Metallica, Aerosmith, Bom Jovi... Até lá!

Guns n´ Roses, 11 de novembro de 2016, Allianz Parque-SP

E voltei com os dois últimos shows de 2016: Guns n´ Roses!!!

A volta do grande trio Axl Rose, Slash e Duff foi realmente brilhante! A acessibilidade, porém, foi um pouco nebulosa...
Eu comprei, pela primeira vez na vida, ingressos para pista PNE. É só um cercadinho, na divisão entre a pista premium e a pista comum, com banheiros químicos, cadeiras de plástico. E só. Mas, olha, deu um trabalhão pra saber onde seria, exatamente, essa tal pista PNE. Pergunta pra produção: ninguém sabe; pergunta pra empresa dos ingressos: ninguém sabe... Só o pessoal do Allianz Parque (onde foi o show) é que muito atenciosamente me atendeu nessa dúvida. Inbox, pelo Facebook do Allianz, há alguém muito gentil, que tá super a fim de fazer o trampo mesmo. Ficou comigo por 2 dias, tentando descobrir com a Mercury Concerts (a produtora que não sabia de nada) onde seria a tal Pista PNE. Eu descobri, postei nos grupos dos eventos do show no Facebook, pra quem também estivesse no mesmo barco. E o barco estava bem cheio...
Com a informação do portão de entrada e local exato do nosso ingresso, lá fomos nós, um colega do trampo e eu, de táxi pro Allianz. Depois de 4h30 de congestionamento entre Campinas e São Paulo, nosso plano de chegar com calma, foi por água abaixo. Dessa forma, chegamos a 10 minutos do início do show (mas, o santo Axl atrasou uns minutinhos, ainda bem!). Fomos deixados a uns 2 quarteirões do portão A, pois todo o acesso mais próximo é interditado. Andamos até o portão e com uma fila mais ou menos, perguntamos a um funcionário identificado como "suporte", como seria o acesso para pessoas com deficiência. Ele, então, pediu que entrássemos ali mesmo, no meio da fila. Agilizou um tanto, mas não tinha fila específica pra gente não...
Seguindo da fila pra revista da PM, da revista pra indicação da entrada, perguntando sempre "onde é a pista PNE?", foi uma correria pra chegar no portão que daria acesso à pista mesmo. Chegando nele, uma bombeira nos levaria até o "cercadinho" da pista PNE. Nós tivemos sorte de chegar mais em cima da hora, e ter um atendimento mais pronto e certeiro. Mas, não foi assim com outros colegas, os primeiros a chegar em nosso setor. Confere aí o que a Raquel Rodrigues e o Maury Edson relataram:

" Foi simplesmente sensacional o Show! Pena q a chegada ate a pista PNE foi um tanto quanto estressante e cansativo pois ninguem sabia onde era a tal pista, nem orientadores, nem bombeiros, foi preciso ter pulso firme e chamar alguem da producao p autorizar a gnt a entrar na area reservada, um total absurdo e desrepeito com os PNE, a saida tbm foi tensa, visto q deixamos o carro no estacionamento oficial e nao deixaram a gnt acessa lo por dentro do estadio, tivemos q dar a volta por fora e sem apoio algum de orientador ou bombeiro. Outra coisa absurda, foi o bar ficar distante da area PNE, e o bar da pista premium q tava do lado " nao podia vender" p pessoas da pista comum, passamos sede ate uma alma boa aceitar intermediar a compra de bebidas p nós. Mas c td esses incomodos o show foi maravilhoso, esperamos e cobraremos q em proximos eventos essa galera tenha um pouco mais de atencao e respeito."

A questão do bar foi mesmo um problema. Com o bar da pista premium logo ali, não era autorizado o nosso acesso. Passamos sede, porque não quisemos perder um minuto sequer do show, mesmo o meu acompanhante tendo condições de atravessar o estádio para ir ao outro bar, mas, se eu estivesse sozinha, por exemplo, seria mesmo impossível acessar o bar da pista comum. É um acesso a ser pensado nas próximas ocasiões. Banheiro e bar precisam estar próximos às áreas PNE. Não é uma escolha, é uma necessidade.

A saída também foi tensa. Milhares de pessoas saindo ao mesmo tempo, filas intermináveis, e pra achar um taxista (por aplicativo ou ali mesmo) que estivesse a fim de nos levar embora, foi muito difícil. Tive de argumentar um bocado com um deles, pra convencer o cara a fazer nossa corrida. Então, se você tiver deficiência, a opção é mesmo ir de carro, deixar próximo e não passar por esse estresse (no dia seguinte fomos com carro próprio, e foi bem melhor, como você pode ver no próximo post).

Bom, desse dia foi só. Tirei algumas fotos, pra dar noção do espaço e condições. Mas, agora, minha prioridade é um celular melhor... As fotos não ficaram tão boas... rsrsrs... Saca só:

A estrutura da Pista PNE (cadeiras de plástico num cercado, elevado - visão muito boa do palco):


Banheiro químico para cadeirantes (eu não entrei, desculpe...):


Aqui dá pra ver bem que a Pista PNE ficou na divisão das grades das Pistas Comum e Premium, dentro da Pista Comum, claro:


O bar da Pista Premium (era só pra olhar...):


A visão do palco...

SLASH, a lenda!!!!

Pra encerrar esse post, deixo aqui um vídeo de November Rain, pra lembrar da chuva forte que caiu sobre minha cabeça durante o show: https://www.youtube.com/watch?v=8bsXxU0WQT4&feature=share

No próximo post vou falar do dia seguinte, de um setor diferente do Allianz...

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Sebastian Bach no Carioca Club, 16 de outubro de 2016

Olá, pessoal!

Tô aqui, de volta, com minha experiência no show do Sebastian Bach (ex-Skid Row), de ontem (16/10/16) no Carioca Club, em São Paulo.
Dessa vez, eu tirei mais fotos, pra dar uma noção melhor do lugar.
Tudo começou, com sempre, com muita desinformação. Há meses, entrei em contato com o pessoal do Carioca Club, para perguntar sobre condições de acessibilidade da casa. Infelizmente, como vão perceber nas fotos, não há muita acessibilidade. A não ser que você fique na pista, ou tenha uma cadeira de rodas voadora.
Informei a casa sobre nossos direitos, como pessoas com deficiência, e a equipe se colocou prontamente à disposição, para ajudar no que fosse preciso. Mais tranquila, comprei os ingressos e aguardei, ansiosamente, pelo dia do show.
No dia do show, saímos de Campinas, de carro, dois amigos e eu. Chegamos no Carioca Club com bastante antecedência e já entramos, depois de deixar o carro em um estacionamento logo em frente à casa. Muitas escadas depois (daquelas vazadas, em caracol, difíceis de subir), chegamos a um camarote com boa visibilidade do palco e alguns lugares para nos sentarmos. O banheiro feminino era ali perto, mas, entre nosso camarote e ele, mais degraus. Limpinho, aceitável, bem iluminado, mas, de novo: escadas...
De cima, não vi nenhuma pessoa com deficiência na pista.Não há setor reservado para pessoas com deficiência ali.  Havia, então, um "camarote especial", entre o nível da pista e o do camarote geral, para onde pessoas com dificuldade de locomoção eram encaminhadas (com uns 3 degraus separando o lugar do nível do chão).
Falando da parte musical, muitos problemas de sonorização acabaram ocorrendo, mas Sebastian Bach sabe mesmo como manter uma plateia aquecida, mesmo com vácuos e ausências entre uma música e outra. O show vale a pena, apesar da precariedade da casa.
O que mais estressa: não saber as condições de acessibilidade do lugar.
O que vale a pena: o bom e velho rock n´ roll de sempre.

Mês que vem: Guns n´ Roses no Allianz Parque (primeiro dia vou de pista, no segundo, cadeira inferior). Aguardem!!


AS ESCADAS:



OS CAMAROTES:


Os camarotes mais abaixo eram os reservados para pessoas com dificuldades de locomoção.

E, finalmente, quem fez todo esse perrengue valer cada minuto, o fabuloso Sebastian Bach (essa foto não ficou muito boa, desculpem... foi a emoção):






sábado, 13 de agosto de 2016

Ainda sobre a LEI de MEIA ENTRADA para pessoas com deficiência - um bom exemplo

Depois de algumas movimentações, de falar com amigos, de propor o manifesto, que você pode ver nesses links...






https://www.facebook.com/metalnalata/?pnref=story

Depois e dentro dessas tantas coisas legais, o pessoal da Tickets for Fun entrou em contato pra trocarmos ideias, sobre a informação da documentação comprobatória para a meia entrada para pessoas com deficiência no site da T4F. E a informação que consta no site deles está bem legal. Olha só:
"DEFICIENTE E SEU ACOMPANHANTE (este, se necessário) Mediante apresentação de documento que comprove a condição de acordo com a Lei Federal 12.933 de 2013. É permitido apenas um acompanhante pagando meia por pessoa com deficiência."

Dessa forma, toda pessoa com deficiência pode ter o documento comprobatório e seu direito à meia entrada garantido, dentro dos 40% de que fala a lei.

Tem uma produtora, um espaço de shows, um site de venda de ingressos e faz um trabalho legal para pessoas com deficiência em seus eventos? Vem contar sua experiência pra gente, vem dizer que é possível!



segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Uma pesquisa sobre o acesso das pessoas com deficiência às artes

Tenho encontrado pessoas geniais nos últimos dias. E tem sido tudo muito maluco, intenso mesmo. É uma alegria saber que tem mais gente solta nesse mundo, pensando no mesmo caminho que nós. E pronta pra caminhar junto, construir possibilidades, alternativas, novos parâmetros na luta das pessoas com deficiência.
E diante disso tudo, eu me lembrei de como foi pra realizar minha dissertação de mestrado, num tempo em que eu não conhecia muita gente com deficiência. E o quanto aquela pesquisa ainda tem sua importância.

Por isso, resolvi trazer de volta esse trabalho. O resumo é esse aqui:

"O presente trabalho tem como intenção investigar as interações do artista com deficiência no subcampo das atividades culturais/artísticas de instituições de atendimento à pessoa deficiente ou de sua inclusão através da arte, e, também, com o campo artístico em si. Partimos dos grupos: Associação dos Pintores com a Boca e com os Pés, Artes Táteis, Grupo de dança sobre rodas Corpo em Movimento, Associação de Balé e Artes para Cegos Fernanda Bianchini, Companhia de Arte Intrusa, Companhia Mix Menestréis, Ceguinhas de Campina Grande e Surdodum, para realizar tal tarefa. Levamos em consideração os olhares que o mundo ocidental e o Brasil tiveram sob a pessoa com deficiência, a própria concepção dos integrantes com deficiência dos grupos estudados como pessoas deficientes e artistas, a produção que desenvolvem estes conjuntos. Considerando a relação dos grupos com a mídia e o Estado, discutiu-se a respeito do capital cultural e as relações com a Família e a Escola no âmbito artístico-cultural de seus integrantes com deficiência e líderes, para estabelecermos as posições sociais de cada um e a divisão simbólica destas posições."

Se você se interessou, pode baixar o trabalho completo aqui:

http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000436308&opt=4

domingo, 31 de julho de 2016

Acessível, seguro, confortável e... F***ing WILD!!!

Depois de uma troca de ideias inspiradora com Rodolfo Sarudiansky, um cara cujas histórias vamos colocar aqui mais pra frente, resolvi escrever um pouco sobre o que é direito básico e pelo que ainda temos de lutar no acesso das pessoas com deficiência a shows.
O básico: um local acessível, no setor de sua escolha, em que você esteja seguro e confortável. Ok? É... Não muito. Ainda temos de brigar bastante por aí, pra ter um tratamento decente, em que se garantam os mesmos direitos de uma pessoa que não tem deficiência, que são:
- a escolha do local para ver o show (se você quer assistir da pista e comprou seu ingresso pra pista, tem que assistir da pista, certo?)
- a informação prévia das condições a serem oferecidas (ninguém tá a fim de descobrir "na hora" que o banheiro fica a quilômetros do lugar em que você vai ver o show, ou que tem uma estrutura de som bem na sua frente e você não vai ver nada)
- a informação de seus direitos claros e detalhados, bem como dos seus deveres para acessá-los (por exemplo, deve constar em toda venda de ingressos que o documento comprobatório pra toda pessoa com deficiência é o LAUDO MÉDICO, dizendo inclusive da necessidade de acompanhante. Vale lembrar que a pessoa com deficiência e seu acompanhante têm, ambos, direito à meia entrada, dentro dos 40% da lei da meia entrada).
Garantir somente um lugar acessível em que a pessoa com deficiência esteja segura e confortável é o básico obrigatório, mas parar aí é limitar-se a uma visão de que ela precisa de cuidados e não, de diversão. Pois, lhes digo: estamos vivos, alegres e temos o mesmo direito à usufruir do show de uma posição razoável como qualquer outra pessoa que tenha comprado ingressos pro evento. Então, não vale botar a gente num cercadinho no fim da pista, só pra dizer que tá cumprindo a lei, certo? Porque a gente quer a lei cumprida sim, mas, a gente quer muito mais: quer um lugar digno, um tratamento digno como todo cidadão tem direito e, como consumidores, merecemos.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Sobre a LEI DE MEIA ENTRADA para pessoas com deficiência

Consultando sobre o próximo show que está em meus planos, Guns n´ Roses em São Paulo, entrei no site do Ingresso Rápido. Vi que eles têm a política da meia entrada para pessoas com deficiência. Porém, o que consta como documentação comprobatória no site é:

  • a) O cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da pessoa com deficiência; ou
  • b) Documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS que ateste a aposentadoria de acordo com os critérios estabelecidos na Lei Complementar nº 142, de 8 de maio de 2013.
O documento do beneficiado, sempre deverá ser acompanhado do documento de identificação com foto expedido por órgão público e válido em todo o território nacional. 
Acompanhante: também tem direito ao benefício da meia-entrada (somente um acompanhante por pessoa com necessidade especial)

Aí, surgiu a dúvida: pelos documentos mencionados, somente pessoas com deficiência aposentadas por invalidez ou de baixa renda é que teriam como comprovar. E eu, que não me encaixo em nenhuma das situações, não teria então direito à meia entrada? Mas a lei relacionada se estende a todas as pessoas com deficiência.
Sendo assim, quê documento me daria direito à meia entrada, atendendo a lei e colocando a meia entrada a todas as pessoas com deficiência?
A resposta, aqui, pelo chat do INGRESSO RÁPIDO, revelando que somente um laudo médico basta como documento comprobatório:

Chat started on 22 Jul 2016, 01:14 PM (GMT+0)
(01:14:33)*** Visitor 80045456 joined the chat ***
(01:14:33)Nicole Somera: Olá, gostaria de entender melhor a nova lei de meia entrada, especificamente para pessoas com deficiência.
(01:16:41)Nicole Somera: Alguém ajuda? A lei de meia entrada mudou, e pessoas com deficiência têm direito, inclusive com um acompanhante. Na lei, não achei qual documento é exigido para comprovar a deficiência. Porém, vários estabelecimentos pedem: a) O cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da pessoa com deficiência; ou b) Documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS que ateste a aposentadoria de acordo com os critérios estabelecidos na Lei Complementar nº 142, de 8 de maio de 2013. E aí? Dúvidas: 1) os estabelecimentos podem exigir esses docs? 2) se sim, como consegui-los? 3) se não, o que garante minha meia entrada? 4) só pessoas com deficiência com baixa renda ou aposentadas por invalidez podem?
(01:21:31)*** Graciela joined the chat ***
(01:22:22)Graciela: Bom dia, a senhora pode levar um laudo médico
(01:22:44)Graciela: Já serve como comprovante de meia entrada
(01:23:09)Nicole Somera: Ah, ok. Seria interessante, então, inserir esta informação no site de vocês.
(01:24:56)Nicole Somera: Porque a lei diz que toda pessoa com deficiência tem direito à meia entrada. Mas, pelo documentos relacionados no site de vocês, somente aposentados por invalidez ou pessoas com deficiência e baixa renda é que teriam documentos comprobatórios. Se um laudo médico vale como comprovante, essa é a documentação que precisa constar no site, de maneira que a meia entrada seja aberta a todas as pessoas com deficiência.
(01:26:38)Nicole Somera: Sendo assim, gostaria de pedir a gentileza de alterarem e esclarecerem a informação na área de documentação da meia entrada.
(01:27:15)Graciela: Sim, entendo a senhora
(01:27:32)Graciela: Será passada a sua solicitação
(01:28:44)Nicole Somera: Agradeço muito. Será um grande passo e diferencial do Ingresso Rápido, no atendimento às pessoas com deficiência.
(01:29:13)Nicole Somera: Poderiam enviar esta conversa para meu email? Eu gostaria de postá-la em meu blog, para pessoas com deficiência.
(01:29:37)Graciela: Infelizmente não tem como enviar
(01:30:17)Graciela: Porem a senhora pode salvar a conversar
(01:30:38)Nicole Somera: Ótimo. É muito importante informar sobre isso.
(01:30:56)Graciela: de nada
(01:31:04)Graciela: Qualquer duvida ficamos a disposição tenha um bom dia:)
(01:31:16)Nicole Somera: Muito obrigada.
(01:31:54)*** Nicole Somera has rated the chat Good ***
(01:32:34)*** Nicole Somera has commented: Se a solicitação da informação feita no chat for incluída no site, será um grande avanço no atendimento às pessoas com deficiência. Agradeço pela preocupação. ***
(01:32:47)*** Graciela left the chat ***
(01:47:38)*** Nicole Somera left the chat **




segunda-feira, 11 de julho de 2016

RICHIE SAMBORA + ORIANTHI no Best of Blues Festival, em 10 de julho de 2016, no Parque do Ibirapuera

E a última postagem desse bloco de grandes experiências é a de ontem, mais uma vez, Richie Sambora e Orianthi no Best of Blues Festival. Dessa vez, no Parque do Ibirapuera, plateia externa.
Neste, uma complicação foi conseguir informações sobre as condições oferecidas a pessoas com deficiência. Nenhum canal do Festival mencionava alguma indicação de área reservada, banheiros, acessibilidade, nada. Então, fui às cegas com meu namorado novamente. Fomos até o terminal Tietê de carro (vindos de Campinas), deixamos o carro lá no estacionamento e pegamos metrô até a estação Paraíso, e depois, um táxi, para nos deixar na frente do portão 2 do Parque.
Chegando ao portão indicado, fomos andando até encontrar guardas do local que nos informaram onde era a plateia externa (mas, ainda não a área para pessoas com deficiência). Seguimos as indicações até encontrar um pessoal da produção do evento, para quem perguntamos sobre a área reservada para pessoas com deficiência e obtivemos a indicação de que era ali mesmo.
Ficamos há uns bons metros do palco, distância que até incomodou o próprio Richie, a ponto dele dizer que estávamos muito longe dele...
Como chegamos bem cedo (por volta de 16h30, já que teriam 3 ou 4 bandas antes, começando às 17h30 e o show de RSO começaria às 19h), pudemos escolher o melhor lugar. Primeira fila da área reservada, bem ao centro.
Colocaram cadeiras de plástico e algumas mais almofadadas, e tive a sorte de ficar em uma dessas últimas. Esperando, sem ter acesso a água ou comida, ficamos lá. Duas moças faziam a segurança e organização do local, pedindo a todos que não ficassem em pé durante o show, e que não ultrapassassem a área demarcada, a fim de não prejudicar a visão daqueles que não poderiam se levantar (cadeirantes, por exemplo). E então, o show transcorreu mais ou menos tranquilo, só com algumas pessoas que insistiam em se infiltrar junto da imprensa, a fim de permanecer em pé mais à frente, com visão privilegiada e registrando tudo em seus celulares. Isso deu um trabalho danado às moças da organização, tendo elas de agir de maneira enérgica, mas, cortês, para colocar alguma ordem no local.
Fora isso, o show foi muito sossegado e pude ter uma visão maravilhosa de tudo (um pouco longe, como expliquei). Aqui um exemplo da visão que tive (longinho, né?):



Ao final, o mais emocionante: no retorno da banda aos agradecimentos, algumas pessoas da área reservada se levantaram e correram junto ao palco. Eu, tomada por adrenalina e sei lá o quê, aprendi que posso correr... Corri para junto da grade de proteção do palco, e me estiquei, gritei, mas, por uma pessoa, não consegui uma palheta ou mesmo tocar as mãos do King. Uma pequena bobagem adolescente, mas, que me fez sentir viva, muito VIVA!!!
E assim encerro este bloco de postagens, aguardando ansiosa por novas oportunidades de VIVER O ROCK N´ROLL INTENSAMENTE!!!

Até mais!

RICHIE SAMBORA + ORIANTHI NO Best of Blues Festival, 08 de julho/2016, no Tom Brasil em SP (capital)

Agora, a experiência mais perfeita possível, que me motivou a voltar a postar nesse blog: RICHIE SAMBORA + ORIANTHI NO Best of Blues Festival, 08 de julho/2016, no Tom Brasil em SP (capital).
Comprei meu ingresso no site da casa, por um programa chamado Acessibilidade. O atendimento desde o início, neste programa, me ganhou para sempre. Por email, os funcionários tiraram todas as minhas dúvidas, todas mesmo. E o que não surgiu como dúvida ali, foi uma surpresa muito positiva no dia do evento.
Fomos de carro até o Tom Brasil e ao chegar lá, optamos por deixar o carro no vallet da casa. Fomos, então, até a entrada do local, para pedir informações. Um bombeiro me disse que deveria retirar meu ingresso na bilheteria (no guichê específico para Acessibilidade) e voltar ali com ele, para ser encaminhada ao meu lugar. A retirada foi muito simples, bastando me identificar. Com os ingressos em mãos, voltamos ao bombeiro, que me trouxe uma cadeira de rodas e, quando meu namorado já se preparava para me empurrar, fomos surpreendidos com um "não se preocupe, senhor", e fui levada até a entrada da área vip pelo bombeiro.
Ao chegar na área vip, percebi que éramos vips dos vips, pois havia uma área reservada, com elevação suficiente para que nós, sentados em cadeiras (pessoas com deficiência e seus acompanhantes) ficássemos muito bem acomodados. Sentada, bastava que esticasse meu braço e poderia tocar o início do palco. Havia um banheiro há uns 10 metros da área, e um bar também à mesma distância, aproximadamente. Banheiro limpo, acessível, tranquilo.
Começa o show e a experiência não poderia ter sido mais surreal, incrível! Richie Sambora canta I´ll be there for you na minha frente, a uns 40 cm dos meus olhos (não tenho vídeo desse momento porque o melhor é curtir, mas fica aqui um pedacinho da visão maravilhosa que tive)....



Ao final do show, o segurança nos informa que podemos aguardar, pois o bombeiro retorna com a cadeira de rodas. E na saída do local, meu carro está na porta. Enfim, uma experiência absolutamente perfeita. Recomendo fortemente que, se você estiver interessado em um evento no Tom Brasil, informe-se no site e vá! Uma recepção perfeita!

Show do Ira! na Red Eventos, em Jaguariúna/SP, 2016

Este ano eu ganhei ingressos para o show do Ira! em Jaguariúna, na RED Eventos. Uma casa que já conheço por causa do trabalho.
Fomos de carro e conseguimos informações ao chegar ao local, sobre onde haveria uma área para pessoas com deficiência estacionarem seus carros. Era razoavelmente perto da entrada da casa. O problema é que o terreno é um misto de areia e pedras, o que dificulta e muito a locomoção.
Vencido este obstáculo, conseguimos entrar, nosso ingresso era da pista normal, e foi tudo bem, sem atropelos, apertos, etc. O poblema é que pista é pista, né? Em pé por 2 ou 3 horas... Não foi fácil não. Não há na casa um local reservado na pista (normal ou vip) para pessoas com deficiência. E, como não comprei o ingresso, não sei informar qual o tipo de encaminhamento eles dão a isso, caso você compre sua entrada. Mas, fato é que não houve reserva de local, caso eu requisitasse. Fiquei, então, em pé,com ajuda de uma bengala e consegui chegar quase até o fim do show. Fomos embora antes do encerramento do bis.
Uma dica para a casa: prepare, nem que seja um local para 2 pessoas, um reservado acessível para seus clientes com deficiência. Com acesso fácil ao banheiro e ao bar. Garanto que será um bom marketing e voltaremos sempre!

Show do QUEEN + ADAM LAMBERT (Ginásio do Ibirapuera, SP, 2015)

Depois de algum tempo sem postar, cá estou eu para contar outras 4 experiências em show de rock (sim, foi muito tempo sem postar).
A primeira delas foi o show do QUEEN + ADAM LAMBERT.
Fui com meu namorado e um casal de amigos. Compramos no setor de cadeira inferior do Ginásio, normal, sem maiores privilégios. Como o lugar é pequeno, achei que estava bom assim.
Saímos de Campinas de carro, paramos o carro próximo ao Ginásio, para pegarmos um táxi e chegar na porta mesmo.
Quando chegamos (19h30, o show era às 22h), pegamos uma pequena fila na entrada de nosso portão. Uma escadaria dificultou um pouco a entrada, mas, acho que se eu precisasse, haveria cadeiras de rodas e entrada alternativa no local, pois vi outras pessoas com deficiência, cadeirantes, no mesmo setor que eu, e certamente, elas não voam.
Ao chegar, como tínhamos tempo, fui ao banheiro, muito limpo e claro, sem filas.
Depois disso, aguardamos por algumas horas o show começar, sentados, confortáveis. E, privilegiados por uma vista bastante próxima do palco, fomos muito felizes.
Mesmo a saída do Ginásio, com bastante gente, não foi uma dificuldade. Pegamos rapidamente um táxi para retornar e foi tudo certo.
Ponto fraco: não vi reserva de local para pessoas com deficiência na pista. O local era pequeno, mas, como vou relatar nos próximos posts, o Tom Brasil, em SP, também é pequeno e fui muito bem tratada na pista vip (realmente me senti uma very important person). E novamente, não houve nenhuma grande informação disponível sobre o acesso das pessoas com deficiência ao local. Uma falha recorrente na produção dos shows no Brasil.
Bom, com a experiência e o tempo as coisas vão ficando mais fáceis, né? Esse foi mais fácil do que o primeiro!